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SERVIDORES FORROZEIROS ANIMAM O SÃO JOÃO

Quando se aproxima o período junino, nada melhor do que apreciar um forrozinho danado de bom. Mais ainda quando o forró eletrônico reina quase soberano na sintonia das rádios comerciais. No TRT6, temos o privilégio de conviver com servidores que compõem, tocam e cantam o forró tradicional – aquele que se apóia no tripé sanfona, triângulo e zabumba. Toinho de Surubim é o mais antigo deles nesse ramo da música nordestina. Hélio Donato e Gustavo Bruno também andam pelas trilhas do pé-de-serra.

Nazaré, Carpina, Goiana e as demais cidades da Zona da Mata de Pernambuco sabem quem é Toinho, forrozeiro desde os nove anos e autor de cerca de 70 a 80 composições, fora as que tem “para dar acabamento”. Lotado na Vara do Trabalho de São Lourenço, Toinho de Surubim é servidor do TRT6 desde 1979. Em 1987, gravou o primeiro trabalho, um compacto, incluindo as músicas ‘Nos laços do teu olhar’, ‘Como animal’ e ‘Xote da perna fina’. Depois disso, já lançou mais três LPs: ‘Vamos forrozar’ com Toinho de Surubim (1990), ‘Coração magoado’ (1992) e ‘Minha doença é amar’ (1994) e quatro CDs, entre os quais “Se tu quiser”. Em família, a tradição é a tônica. O pai era mamulengueiro em Surubim, cidade onde o cantor nasceu. O tio Naércio é instrumentista, tocava violão e cavaquinho, antes de começar a acompanhá-lo nas apresentações ao vivo, tocando sanfona, isso no início da carreira de Toinho. Para fazer jus à fama de tradicional forrozeiro da Mata Norte, no dia 23 Toinho anima festa junina num sítio de Buenos Aires. E no dia 27, apresenta-se no Parque Dona Lindu, para alegria dos fãs do litoral.

Diretor da 6ª VT do Recife, servidor desde 2006, Gustavo Bruno toca violão, guitarra e é o cantor da banda Quenga de Coco, formada em 1995 por jovens apaixonados pelo “forró autêntico” e pelos grandes nomes do gênero musical. O grupo tem no currículo cinco CDs de carreira, além de coletâneas e projetos em parceria, como Forrozada (2001). A convite do Quinteto Violado, o conjunto viajou por todo o país, fazendo shows memoráveis no Rio de Janeiro, em Fernando de Noronha, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e em todo o Nordeste. Grandes nomes do cenário artístico pernambucano passaram pelo grupo, a exemplo de Geraldinho Lins, atualmente em carreira solo, e Diego Reis, do grupo Lampiões e Maria Bonita. Além de Gustavo Bruno, Rodrigo Verçosa (zabumba/bateria/vocais) e Victor Ferrari (voz/acordeom/teclados) participam da banda. Com agenda lotada nos meses de maio a julho, Quenga de Coco se apresenta no próximo dia 25 no prestigiado palco do Marco Zero, no Recife.

Nascido em Carpina, o cantor e compositor Hélio Donato – servidor desde 1993 e atual diretor da VT de Barreiros – começou despretensiosamente a carreira musical em reuniões de família, cantando com irmãos, amigos e renomados músicos que freqüentavam esses encontros, como Maciel Melo, Petrúcio Amorim, Anchieta Dali, Kátia de França e Paulo Matricó. Influenciado pela obra de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Marinês e Jorge de Altinho, a musicalidade do artista forrozeiro agrega instrumentos que vão da guitarra à sanfona, passando por violão e viola, contrabaixo, bateria, zabumba, triângulo, agogô e flauta. Primeiro trabalho de Hélio Donato, Forrozando é uma cuidadosa produção, desenvolvida com o produtor e guitarrista Luciano Magno e a atuação do sanfoneiro Gennaro. O CD conta, ainda, com a participação “especialíssima” de outros grandes nomes do forró: Santanna, Camarão e Arlindo dos 8 Baixos. As composições, de própria autoria, enaltecem as tradições da cultura nordestina, além, claro, de tecer loas ao amor, conforme canta na letra da música Deixe o coração falar: “Ame um peixe uma rosa / Faça um verso uma prosa / Deixe o coração falar / Teu sorriso é precioso / E o universo generoso / Alguém quer te encontrar”. Hélio Donato se apresentou na sexta, 17, na festa junina da Amatra6, e no dia 23 anima o São João na zona rural de Lagoa do Carro, a convite da Fundarpe.